Estudantes da UERJ ocuparam e retomaram o funcionamento do bandeijão da universidade, fechado desde 2016 como fruto da política nociva de Temer/Pezão/PMDB de sucateamento da UERJ com vistas a declarar inevitável o seu fechamento. A combativa ocupação recebeu o nome de Ocupação Bruno Alves em homenagem estudantes de história e lutador do povo, falecido logo após o início desta luta.
Travando dura luta contra o oportunismo eleitoreiro da UNE/PT-PCdoBê encastelada no DCE da Universidade, os estudantes se mobilizaram de forma independente dos partidos eleitoreiros para retomar o funcionamento do Restaurante Universitário e estão servindo refeições à toda a comunidade acadêmica. Inúmeros estudantes, professores e trabalhadores da UERJ, bem como progressistas e democratas de todo o país tem enviado seu apoio político e material à Ocupação.
O objetivo desta luta, além de garantir alimentação acessível aos estudantes que dependem do RU para continuar estudando, é de enfrentar a política de sucateamento, fechamento e privatização das Universidades Públicas em curso no país.
Saudamos a combativa iniciativa dos companheiros cariocas! Convocamos todas as estudantes de pedagogia para apoiar e participar da Ocupação do Bandeijão da UERJ, pois impulsionar esta luta é enfrentar a privatização do Ensino Público no Brasil!
A Executiva Nacional de Estudantes de Pedagogia envia todo nosso apoio e solidariedade à Ocupação Bruno Alves e convidamos os companheiros desta combativa ocupação, bem como os estudantes e professores de todo o país, a se somarem na mobilização para o Dia Nacional de Luta da Pedagogia – 23/11, transformando esta data num verdadeiro Dia Nacional de Luta em Defesa do Ensino Público e Gratuito, para enfrentar o fechamento e a privatização das universidades brasileiras!
PEZÃO SAI! BANDEIJÃO FICA!
COMPANHEIRO BRUNO ALVES: PRESENTE NA LUTA!
VIVA A OCUPAÇÃO DO BANDEIJÃO!
BARRAR O FECHAMENTO E A PRIVATIZAÇÃO DAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS!
DEFENDER O ENSINO PÚBLICO, GRATUITO, DEMOCRÁTICO E A SERVIÇO DO POVO!
Rebelar-se é justo!
Quem poderá se opor?
Chega de esperar as condições mínimas (que não existem): é obrigação do Estado garantir as condições plenas de funcionamento da Universidade. Uma vez que o governo não cumpre seu papel, iremos, a partir de agora, apoiados na solidariedade e na mobilização da comunidade universitária e de toda a população, colocar para funcionar aquilo que é nosso por direito. Faremos, com as nossas mãos, tudo o que a nós diz respeito!
O desmonte da Universidade do Estado do Rio de Janeiro não é obra de mero “descaso”, como muito se tem dito por aí. Nem da “falta de verbas”. Sem dúvida, desde o estouro da crise do estado, nossa situação agravou-se enormemente; mas mesmo nos “anos dourados” da quadrilha de Sérgio Cabral já vivíamos um processo de contínuo sucateamento. Basta dizer que o único campus que conta com um bandejão (ainda assim, caro e insuficiente para suprir a demanda) é o do Maracanã, enquanto as unidades da região metropolitana e interior são tratadas, de fato, como uerjianos de “segunda classe”. A política de assistência estudantil resume-se às bolsas magras e que atrasam constantemente, e não nos provê creche, transporte intercampi, moradia estudantil ou qualquer outro recurso para a permanência na universidade. Governantes e reitores hipócritas têm usado o ingresso de alunos através das cotas para alardear uma suposta democratização dessa universidade, que não garante, todavia, que aqueles que ingressam possam concluir seus estudos.
Torraram-se milhões na construção de elefantes brancos para a Copa do Mundo , Olimpíadas e em isenções fiscais para empresas privadas. Quantas vagas na UERJ poderiam ter sido criadas com este dinheiro?!
Frisamos: o desmonte da UERJ não é fruto de “descaso” ou “incompetência”, e sim um projeto político de sucateamento deliberado da universidade para justificar a sua entrega, na bacia das almas, aos interesses privados – assim como ocorre na saúde pública com o desmonte do SUS. Se continuarmos nesse caminho, o direito sagrado
à Educação Superior se tornará, em pouco tempo, um privilégio para os que podem pagar. Contra isso lutamos, contra isso nos levantamos. Sobre isso dizemos, em alto e bom som: NÃO À PRIVATIZAÇÃO DA UERJ! NÃO PASSARÃO!
Que fique claro: a ocupação não visa a interrupção das aulas! Ao contrário, ao colocar para funcionar o Restaurante Universitário estamos criando condições para que esta Universidade volte a funcionar decentemente. Pedimos que os professores manifestem sua solidariedade à ocupação transferindo parte das suas aulas para o Bandejão, onde estaremos, ao mesmo tempo, ensinando e aprendendo a arte de transformar o nosso cotidiano.
População do Rio! A UERJ também lhe pertence. Defenda-a conosco! Lutamos por uma universidade a serviço do povo, uma universidade cujo conhecimento esteja à serviço dos milhões de trabalhadores e não de uma minoria de empresas privadas. Queremos arrecadar doações para colocar em funcionamento o Bandejão. Não iremos esperar, chega de promessas! Participe, divulgue e contribua com a nossa luta, essa também é a sua luta!
Convocamos todos os estudantes a conhecerem e participarem ativamente dessa luta, na próxima quinta-feira dia 28/09 às 19h haverá assembleia da ocupação, participem!
Fazemos também um chamado a direção da ASDUERJ e SINTUPERJ e a todos os professores, técnico e terceirizados a apoiar a ocupação que é parte da luta em defesa da UERJ pública, gratuita e a serviço do povo.
Viva a Ocupação do Bandejão!
Fora Pezão, Temer e sua quadrilha!
A única luta que se perde é aquela que se abandona!
Quem não luta por seus direitos não é digno deles! Rebelar-se é Justo!