Diversas cidades de Rondônia registram protestos no 14J: Porto Velho, Ariquemes, Jaru, Ouro Preto, Ji-Paraná, Cacoal, Rolim de Moura e Vilhena.
PORTO VELHO
O 14 de junho em Porto Velho/RO foi mais um dia de luta de trabalhadores e estudantes. O ato teve início com concentração às 08h na praça das 3 caixas d’água. Desta vez a centralidade do protesto foi para denunciar o assalto à previdência pública capitaneada pelo gerente Bolsonaro. A massividade da manifestação foi dada por trabalhadores em educação da rede pública estadual, municipal e da rede federal. Um bloco combativo formado por estudantes e docentes denunciava a tentativa do gerenciamento de turno de acabar com a educação pública e sua estratégia de privatização. O manifesto reuniu bancários (que paralisaram suas atividades), servidores públicos federais, funcionários da Fundação Osvaldo Cruz e outras categorias. Cerca de 70% das escolas públicas da rede estadual em Porto Velho, paralisaram suas atividades. Organizações camponesas, como o MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens, também participaram do ato, em Porto Velho. A Juventude combatente denunciou em uma faixa: “NEM BOLSONARO, NEM MOURÃO, NEM CONGRESSO DE CORRUPTOS! FORA FORÇAS ARMADAS REACIONÁRIAS!”. Na UNIR 80% dos cursos interrompeu suas aulas. Inúmeros departamentos aprovaram em seus colegiados a greve e diversos centros acadêmicos aprovaram a paralisação em assembleias, boicotando as aulas de docentes contrários ao protesto.
Ativistas do MOCLATE (Movimento Classista dos Trabalhadores em Educação) interviram na manifestação conclamando a necessidade de construção de uma ampla greve geral de resistência nacional em todo o país. Uma dirigente da ASFOC-SN, denunciou o ataque à ciência e tecnologia e a necessidade de se ligar às massas trabalhadoras mais pobres das periferias das grandes cidades. Professores e estudantes da UNIR levaram uma grande faixa produzida pelo Curso de Artes com a frase “UNIR CONTRA A DESTRUIÇÃO DA EDUCAÇÃO E DA PREVIDÊNCIA PÚBLICA”, uma resposta aos setores mais atrasados da universidade que defendiam que a luta da educação deveria ser desvinculada das demais categorias que se mobilizavam contra o assalto à previdência. Alguns ativistas do Levante Popular da Juventude, do DCE/UNIR e do PT, levaram faixas e cartazes defendendo a liberdade de Lula, ação que recebeu críticas e teve repercussão negativa entre os setores mais combativos, como trabalhadores em educação, estudantes, bancários e demais servidores.
Em outro protesto em Porto Velho, por volta das 07h da manhã um grupo de manifestantes fez barricadas e ateou fogo em pneus na BR 364, sentido Rio Branco/AC, em um ponto próximo à entrada da Hidrelétrica de Santo Antônio e da UNIR. Segundo o site TUDORONDONIA, “Os policiais enfrentaram uma enorme fila de veículos até chegar no local devido ao fogo no meio da rodovia”.
INTERIOR DE RONDÔNIA
Em Rolim, trabalhadores em educação da rede pública municipal, estadual e federal realizaram protesto unificado, que contou com a participação de camponeses, bancários e outras categorias. Em Vilhena, segundo o site FOLHADOSULONLINE, o ato teve início na Praça Nossa Senhora Aparecida, seguiu pela avenida Major Amarante até a rua Ricardo Franco, passou pela avenida Liberdade e voltou ao ponto de partida. O movimento contou com a participação do SINTERO, SINASEFE, SINDSUL, SINPROF e estudantes da UNIR. Em Ji-Paraná, o ato concentrou-se no campus da UNIR, onde estudantes indígenas lideraram o trancamento dos portões do campus interrompendo as aulas. Outros protestos foram realizados em Cacoal, Ariquemes, Jaru e Guajará-Mirim.