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A Executiva Paranaense de Estudantes de Pedagogia (ExPEPe) declara total apoio à greve que se deflagrou no dia 11 de julho e teve sua suspensão no dia 9 de agosto. A greve teve como pauta principal a luta contra a PL Nº 04/2019, minuta referente a Lei Geral das Universidades, que tem como finalidade atacar a então débil autonomia das universidades do estado do Paraná para legitimar a privatização, com a diminuição de cargos e a terceirização das atividades.
Repudiamos a estratégia autoritária do atual governador Ratinho Junior, que através do seu Decreto Nº 2199, objetiva a não contratação de professores temporários nas universidades em que tiveram a suspensão do calendário, fazendo os docentes entrar em
contradições e paralisar a greve. Essa atitude chantagista tem como alvo a autonomia das universidades estaduais do Paraná, que aprovaram a suspensão do calendário em decorrência da greve. Além disso, o decreto ultrapassa o direito de greve que consta nos arts. 9° e 37°, VII, da Constituição Federal.
Vale lembrar a postura arbitrária que o governador do Paraná tomou desde as épocas das eleições, onde sequer se preocupou com os investimentos na educação e faz declarações absurdas de que as nossas universidades ocasionam o “excesso de gastos”, ignorando o fato de que as mesmas já têm as despesas reduzidas para não fechar as portas. Desde o início do mandato, não houve iniciativas de diálogo com os professores e estudantes, que iniciaram greves por todo o estado.
Convocamos os estudantes, docentes, trabalhadores terceirizados e demais a continuarem na mobilização de forma combativa. Para que a luta seja vitoriosa, é necessário unir e politizar os estudantes e professores com greve de ocupação e de ampla mobilização, realizando atos continuamente, com o objetivo de realizar um co-governo estudantil que possa garantir a ligação com a comunidade externa, impulsionando a mobilização nacional.

Essa forma de luta radicalizada efetivará uma grande pressão no governo. Não podemos aceitar as chantagens do Estado, que assombrando as universidades federais e estaduais, nos impõem dois caminhos: o da privatização ou o do fechamento das portas.
Já o caminho da luta classista e combativa nos indica que é necessário atendermos ao chamado para a Greve Geral de Resistência Nacional, considerando que a luta nas universidades não está desligada de outras reivindicações no país, principalmente no contexto que vivemos, onde os direitos mais básicos estão sendo todos pisoteados.
Tendo isso em vista, a ExNEPe também convoca todos para irem às ruas no dia 13 de agosto contra os ataques à autonomia universitária, à “reforma” da previdência e ao projeto “Future-se”, se somando aos estudantes na luta em defesa do ensino público, gratuito e a serviço do povo!
PARA BARRAR A PRECARIZAÇÃO, GREVE GERAL DE OCUPAÇÃO!
VIVA A GREVE GERAL DE RESISTÊNCIA NACIONAL!