Na cidade do interior do Pará, Marabá, estudantes têm lutado por cumprir com o plano de lutas aprovado pelo vitorioso e combativo 39º Encontro Nacional de Estudantes de Pedagogia.
No dia 13 de agosto, uma passeata contra a privatização do ensino e contra os ataques à Previdência Social concentrou-se em frente ao campus 1 da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará e prosseguiu pelas ruas do núcleo da Nova Marabá. Centenas de pessoas foram as ruas denunciar esses ataques contra as políticas imperialistas antipovo e antieducação aplicadas pelo gerenciamento Bolsonaro; e, a Executiva Nacional de Estudantes de Pedagogia fez a distribuição de centenas de panfletos confeccionados pela entidade para o ato.

No dia 25 de agosto com o apoio dos Brigadas Populares – PA, um seminário de formação da ExNEPe foi realizado na Comuna CEPASP – espaço criado desde a década de 80 para apoiar os movimentos populares em luta na região. O debate contou com o aprofundamento sobre a situação política do país e as implicações disso para o contexto na Amazônia assim como as participantes realizaram o estudo, fizeram apresentação no formato de seminário e depois debateram sobre as políticas educacionais do Banco Mundial/MEC e o co-governo estudantil: caminho da conquista da autonomia e democracia universitárias baseadas no Boletim número 07 – da ExNEPe: “Balanço do vitorioso 39 ENEPe”. A atividade foi extremamente vitoriosa e trouxe não só ânimo, mas como orientações claras para o prosseguimento da luta contra o fechamento das universidades e sua privatização.



Logo em seguida, no dia 26 de agosto, no Tapiri do campus 1 da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará foi organizado pelo Centro Acadêmico de Ciências Sociais – Tuirá Kayapó uma mesa sobre o programa Future-se, os ataques a autonomia universitária e os planos de ação do movimento estudantil. A ExNEPe compôs a mesa apresentando o vídeo do 39 ENEPe, dos estudantes do CEFET expulsando o interventor e expôs que os ataques a Universidade não estão dissociados das necessidades que o imperialismo e as classes dominantes têm de “salvar” o Estado brasileiro. Por isso, querem entregar totalmente o ensino público, incluindo, as Universidades, à iniciativa privada e já prevendo o retorno das cobranças de mensalidades/semestralidade. Como forma de preparação desse terreno, põe em marcha mecanismos para controlar as Universidades ferindo as débeis liberdades democráticas conquistadas com muita luta como o princípio da autonomia universitária. Apontou ainda que é papel do movimento estudantil não cair nessa chantagem do governo: nós não vamos pagar e nem vamos aceitar que fechem as universidades! Se fechar, vamos ocupar! Toda essa tática de luta deve ser realizada em unidade com as classes trabalhadoras do país que seguem tendo seus direitos pisoteados construindo em conjunto a Greve Geral de Resistência Nacional. Além disso, nesse processo de garantir as conquistas realizadas, avançar com a democratização da Universidade, e exigir, no processo concreto de participação estudantil nas lutas da Universidade, o direito de decidir sobre rumos dela. Portanto, impor o co-governo estudantil! A atividade contou com a participação de outros coletivos como “Vamos a luta” e o “Juntos” que trataram de apresentar sobre o Future-se e sobre o movimento estudantil na UNIFESSPA. Por fim, os/as presentes demandaram um posicionamento claro da Reitoria e do Consun sobre esse projeto perverso; tendo eles [a Reitoria em seu site], um dia depois da atividade, pronunciado que apresentarão uma análise sobre o Future-se e apresentará uma estratégia de posicionamento do Consun.
