Viva o 25º Encontro Paranaense de Estudantes de Pedagogia!

Viva o 25º Encontro Paranaense de Estudantes de Pedagogia!

Neste sábado (26) ocorreu na UFPR o 25º Encontro Paranaense de Estudantes de Pedagogia (25º EPEPe), contando com a presença de 50 estudantes de pedagogia e licenciaturas, e representantes do C.A. Anita Garibaldi (UFFS), CAAT Walkíria Afonso Costa (UFPR), CAHIST Remís Carla (Unespar), Caped UEM e do Caped Unioeste!

O encontro se iniciou com a exposição do comitê de apoio do jornal A Nova Democracia sobre a atual situação política do nosso país, colocando a importância do grande boicote eleitoral que ocorreu nas últimas eleições, representando a rejeição do povo a essa velha política. A mesa também debateu sobre a atual crise política na disputa do gerenciamento do Velho Estado, em que a direita se divide entre o Alto Comando das Forças Armadas e a extrema-direita de Bolsonaro, onde se digladiam entre a volta da ditadura militar ou aos poucos irem tomando medidas de endurecimento do Estado. De modo geral, a mesa finalizou com a conclusão dos principais objetivos do governo Bolsonaro: Impulsionar o capitalismo burocrático, reestruturar o Estado e acabar com o “perigo” das revoltas populares.

A segunda mesa foi contemplada com a presença das professoras Camila Grassi e Monica Ribeiro, na qual foi discutido a privatização da educação básica, as redes atuantes na política educacional brasileira e o papel destas, aprofundando o debate sobre o Future-se e a Lei Geral das Universidades, além do programa “Se Liga” no Paraná, que tem como foco apenas aumentar o ranking das escolas no IDEB, desprezando o direito ao acesso dos filhos do povo ao conhecimento científico, impulsionando o desfiguramento da profissão do pedagogo e causando desigualdades entre as escolas. Além disso, os estudantes denunciaram a onda reacionária de militarização das escolas do Paraná.

Ao final da mesa, os estudantes discutiram sobre como devemos reagir diante a esses ataques ao nosso povo e à educação pública, apontando como caminho a luta classista e independente, saudando calorosamente o povo chileno que vem se levantando combativamente nos últimos dias!

Na terceira mesa sobre a greve de ocupação, co-governo estudantil e a Greve Geral de Resistência Nacional, a ExNEPe apontou o caminho da luta classista e independente, trazendo as vitoriosas experiências da ocupação do Bandejão da UERJ, e dos secundaristas que ocuparam as escolas no Paraná, enfrentando dificuldades e as falhas tentativas do oportunismo em implodir as ocupações. 

A mesa finalizou com um breve balanço sobre as últimas experiências das greves que ocorreram nas universidades estaduais do Paraná no ano de 2019, comprovando que não há mais espaço para as greves de pijamas, sendo necessário ocupar as universidades e mantê-las funcionando para os estudantes e para a população, servindo a uma Greve Geral de Resistência Nacional. Ao final do encontro, os estudantes aprovaram o combativo plano de lutas abaixo.

SOMOS ESTUDANTES, NÃO SOMOS PACIFISTAS, VIVA A LUTA ANTI IMPERIALISTA!

VIVA O 25º ENCONTRO PARANAENSE DE ESTUDANTES DE PEDAGOGIA!

Plano de Lutas do 25o Encontro Paranaense de Pedagogia

(25º EPEPe)

1. Preparar e mobilizar para a realização do 40o Encontro Nacional dos Estudantes de Pedagogia a ser realizado em Curitiba, a partir da conformação e desenvolvimento da Comissão Organizadora do 40o Encontro.

2. Mobilizar e organizar o ato do Dia Nacional do Estudante, dia 23 de novembro, como parte da luta nacional do movimento estudantil contra os ataques do MEC/Banco Mundial à universidade e escolas públicas brasileiras.

3. Mobilizar delegação para o II Seminário de Formação da ExNEPe e o 24o Fórum Nacional de Entidades de Pedagogia (FoNEPe), ambos a serem realizados em Dourados-MS no primeiro semestre de 2020, realizando apresentação da Executiva para os calouros de 2020 e pré-FoNEPe, assim como campanha de carteirinha estudantil da ExNEPe, a ser produzida no início do próximo ano letivo.

4. Agitar, propagandear, mobilizar e organizar os estudantes de pedagogia, a juventude em geral e as massas populares para a construção da Greve Geral de Resistência Nacional contra os ataques do governo Bolsonaro e dos generais, para barrar a implementação da contrarreforma da previdência, revogar a contrarreforma trabalhista, resguardar e ampliar os direitos democráticos de organização e manifestação dos trabalhadores do campo e da cidade e da juventude, contra a intervenção militar e a repressão e criminalização das lutas do povo brasileiro e contra todas as medidas antipovo e entreguistas que desempenham o governo a custas dos interesses do imperialismo e das classes dominantes locais.

5. Construir nas universidades públicas e escolas a greve de ocupação em defesa do caráter público destas instituições, da gratuidade, democracia e autonomia, assim como na construção de universidades e escolas verdadeiramente científicas e que sirvam aos interesses da ampla maioria da população.

6. Fortalecer o caráter independente e a construção autossustentada da ExNEPe/ExPEPe, realizando atividades de arrecadação permanentemente.

7. Divulgar e discutir os materiais de formação e propaganda elaborados pela ExNEPe, como os Boletins da Executiva, informes, declarações e a Revista Científica da ExNEPe (a ser publicada no fim do ano).

8. Reforçar e defender a cultura popular e democrática, confrontando as imposições culturais antipopulares que desviam a juventude do caminho da luta combativa.

9. Apoiar firmemente a luta dos estudantes secundaristas contra o fechamento das escolas estaduais pelo governo reacionário de Ratinho.

10. Apoiar firmemente a luta de todo o povo brasileiro contra esse sistema de opressão e exploração, destacadamente a luta desempenhada pelos camponeses, indígenas e quilombolas contra o latifúndio e pela terra para quem nela trabalha.

11. Apoiar firmemente a luta contra o Future-se e a Lei Geral das Universidades do Paraná.

12. Lutar contra a militarização das escolas e o projeto Escola Sem Partido.

13. Lutar pela construção do espaço para crianças e da creche universitária, atendendo as mães universitárias.

Moção de repúdio contra o governo Ratinho Jr.;

Moção de apoio às revoltas populares na América Latina.

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