Reproduzido de Guia do Estudante
Diante do possível fechamento no segundo semestre, estudantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) fazem protesto, nesta sexta-feira (14), contra os cortes orçamentários e pela falta de verbas necessárias para o pagamento de contas básicas da instituição.
A luta em oposição ao desmonte da maior universidade federal do país e a garantia de uma educação pública de qualidade são as principais reinvindicações do ato organizado pelos estudantes, segundo Pietra Alcântara Gomes, 21, aluna de medicina da UFRJ. Ela justifica que é necessário impedir o corte de gastos que vai prejudicar os noves hospitais universitários e unidades de saúde especializadas no tratamento de doenças, inclusive, de covid-19.
“Precisamos lutar pelos 53.000 alunos da graduação e 16.000 da pós-graduação que veem a UFRJ não só como uma forma de ingressão no mercado de trabalho, mas como uma oportunidade de ascensão social e de combate às estruturas tão desiguais do nosso país. A UFRJ oferece auxílios, empregos e vida para muitas pessoas”, afirma a estudante.
Em nota conjunta, diversas entidades estudantis (UNE, UBES, ANPG) se manifestaram sobre a falta de investimentos na área de educação no Brasil. “Isso acontece, porque o governo federal vem executando cortes e contingenciamentos de recursos das universidades e institutos federais, CAPES e CNPq, e vem atrapalhando os processos de realização do Exame Nacional do Ensino Médio, principal porta de entrada de milhares de brasileiros ao ensino superior”, diz o texto.
A União Nacional dos Estudantes (UNE) afirma que a situação orçamentária da UFRJ é resultado de um projeto de sucateamento que não começou no governo atual, mas piora a cada ano que passa no mandato do presidente Jair Bolsonaro. “O mesmo governo que corta e bloqueia investimento das universidades destinou durante a pandemia mais de R$ 1 trilhão para os os bancos, gastou R$ 15,6 milhões com leite condensado e criou um orçamento ‘secreto’ na casa dos R$ 3 Bilhões para aprovar leis anti-povo”, afirma a entidade em nota.
No Twitter, estudantes postaram fotos e vídeos do protesto.

