Repercutido de G1.
Um grupo de 50 mulheres está acampado dentro da Prefeitura da Serra, na Grande Vitória, há 22 dias. Mães de filhos com deficiência, o protesto é para pressionar a administração municipal a contratar mais professores, estagiários e cuidadores para atender a demanda da educação especial na rede municipal.
Entre as principais exigências estão a contratação de um professor especial para cada cinco alunos, um estagiário por aluno com necessidade especial e a contratação de mais cuidadores em todas as escolas.
As mães se preocupam com a volta das aulas presenciais. Desde o dia 2 de agosto, as escolas municipais da Serra voltaram a exigir a presença dos alunos, com a contagem de faltas.
Mas sem o efetivo necessário para suprir a demanda da educação especial, segundo as mães, algumas escolas estão “induzindo” as mães a deixar os filhos com deficiência em casa.
A técnica em enfermagem Elisângela Nascimento Pereira, por exemplo, levou o filho de 14 anos para a escola nesta segunda-feira (30) e teve que insistir para que ele assistisse aula.
“Queriam que eu assinasse um termo para ele ficar em casa e eu não aceitei. Eu deixei ele na escola e vim direto para cá. É direito dele estar na escola, é vontade dele voltar a estudar e eu sei que isso faz bem para ele”, contou.