Repercutido de G1
Um grupo de mães de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) se uniu para buscar melhorias nos atendimentos de saúde e de educação, em Salvador.
Segundo elas, além da dificuldade para o atendimento em sala de aula, as mães citam dificuldades financeiras, que foi ainda mais potencializada por causa da pandemia. Cleide Rego, mãe de Sofia, por exemplo, conta que sobrevive de benefício mensal de R$ 1.500 do INSS. Porém, somente de aluguel, ela paga R$ 550 por mês.
Para amenizar a situação, as mulheres decidiram fazer campanhas de arrecadação de alimento na Feira de São Joaquim e tentar suprir parte da dificuldade.
As crianças com TEA precisam de tratamento de saúde especializado e de escola para se desenvolver e conquistar autonomia. Sem esta atenção, novos problemas de comportamento podem começar a surgir. No entanto, com a pandemia, as mães dizem que tentam não conseguem vagas.
Alguns locais na capital baiana oferecem atendimento especializado gratuito para pacientes com autismo. No bairro da Ribeira funciona o Centro de Reabilitação da Ribeira para Autistas, que é mantido pela Fundação José Silveira, e oferece atendimento médico e uma equipe com vários profissionais para terapia ocupacional.
O centro atende entre 120 e 150 crianças, que trabalham coordenação motora e concentração, desenvolvendo também habilidades comportamentais e interação com outras pessoas.
O Centro de Reabilitação da Ribeira, porém, não consegue atender a todos que precisam. A fila de espera hoje têm pelo menos 300 crianças à espera de uma vaga. Para as mães que aguardam, resta a dificuldade para tentar matricular os filhos na rede municipal e conseguir tratamento pelo SUS.